terça-feira, 6 de outubro de 2009

Acidente com o Dr. Paulo/ 13Kg OFF


Faltando 1 dia para voltar no Dr. Paulo, levei um susto! Lembro bem do dia.... Foi 27 de agosto de 2009... Era por volta das 8h15.... Eu liguei a Tv para ver as notícias... Engraçado que não tenho esse hábito... E 5 minutos depois estava dando a reportagem péssima, coisa que nunca gostaria de assistir...

O Dr. Paulo tinha sido assaltado! =O Levaram sua moto e ainda por cima deram vários tiros na cabeça dele!... A sorte que ele estava de capacete, mas, mesmo assim uma das balas perfurou o mesmo atingindo a nuca, e deixando ele mal, caído no chão... Seu enteado o socorreu, levando-o ao hospital... Na mesma madrugada ele foi transferido para uma clínica particular e estava em coma induzido para o Dr. Niemeyer poder tratá-lo melhor....
Horrível! Absurdo!!! Mais uma vez a impunidade e a violência assolam o nosso Rio de Janeiro... Mais uma vez chegamos à conclusão que não podemos ter nenhum sonho de consumo oneroso que fatalmente será tirado de nós!... Muito complicado!!!

Eu fiquei arrasada! Como que logo o Dr. Paulo, esse homem iluminado, que salva tantas vidas estava agora no hospital lutando pela sua própria vida??!!! Totalmente injusto! Totalmente lamentável!
O que restava agora? Orar, orar e orar para que Deus pudesse permitir, de acordo com a Sua vontade, que o Dr.Paulo continuasse entre nós salvando vidas!

Eu não consegui fazer mais nada direito nessa quinta-feira. Faltei a faculdade na parte da manhã e entrei na internet para saber maiores informações. Realmente era verdade! Infelizmente era verdade... Dr. Paulo foi escolhido para ser mais uma vítima da violência. Liguei para o consultório e falei com a Conceição. Ela me confirmou tudo e disse que não teria como ser atendida por ninguém no dia seguinte... E chegamos à conclusão que era mesmo melhor ir à minha consulta de segunda-feira com a Dra. Andréia para ver os meus resultados de exames e dar continuidade ao meu tratamento.

Nesse final de semana eu tive ópera! Voltei a cantar!!! Feliz da vida, e aos poucos fui recuperando a minha voz. Estava muito estranho tudo pra mim nas primeiras vezes que cantei... Confesso que fiquei preocupada. A minha voz dava umas arranhadas esquisitas como a dos meus alunos que não tem hábito de beber água... Ao raciocinar, pude constatar que isso era óbvio: Com 1 semana de operada havia emagrecido 7Kg só de líquido!!! Fora que nem dava para continuar a beber os 4 litros diários que eu tomava... No máximo estava conseguindo 1 ½ litro... Ou seja, uma mudança radical... O que é que eu queria? Fica quieta, Fatima!!!! rsrs

Bom, nesse tempo aconteceram coisas interessantes e algumas engraçadas.... Fui fazer uma blusa de cigana para a Ópera na costureira. Sem brincadeira, em questão de 2 dias de diferença, quando fui fazer a prova da roupa, Marilza ficou boba e teve que pegar a fita métrica ao final. Tivemos que mudar toda a roupa porque eu havia diminuído dois centímetros de medida do busto! Incrível! Eu só fiquei feliz, é claro!!!

A minha voz estava super engraçada, não dava mais pra cantar na mesma posição “robusta” que estava cantando... Ela mudara, estava mais leve e eu não conseguia controlá-la de jeito nenhum!... No meu primeiro ensaio de Ópera, o professor não se conteve e riu, porque não consegui manter a voz na mesma posição... Enfim, vamos ficar tranqüilos e aguardar os dias e a volta da hidratação...
As apresentações foram ótimas! Consegui cantar e ficar tranqüila para passar por cima dos arranhados... Consegui deixar a voz fluir, mantendo a calma... A voz começou a responder à minha técnica, e deu tudo certo. Vale à pena ressaltar que cantei somente depois de 30 dias, sob recomendação do Dr. Paulo.


Chegou segunda-feira e fui ao consultório para ser atendida pelo Dr. Arruda e Dra. Andréia. Chegando lá, conversei um pouco com Conceição e notei que ela não parava de atender os constantes telefonemas à procura de notícias do Dr. Paulo. Logo em seguida fui falar com o Dr. Arruda e ficamos um bom tempo conversando. Muito bom! Foi bem interessante...
O que me preocupava mais era justamente a minha perda de peso lenta... E o monte de dias que ficava sem emagrecer, ou seja, os platôs que ele já havia me orientado que aconteceriam... Então vocês que acompanham o meu blog, sabiam que eu parei de me pesar, quando eu vi que estava estacionada no peso. O Dr. Arruda achou a minha decisão a mais acertada do mundo, inclusive, eu voltei a emagrecer depois que eu esqueci da balança.

Essa obrigação de emagrecer rápido nos faz um terror psicológico! O fato de você se comparar com os outros que fizeram a cirurgia também!... Isso era muito complicado para mim... Pois eu tinha as referências mais improváveis possíveis. Tipo, a Aline, minha amiga de Maringá, para vocês terem uma idéia do emagrecimento absurdo dela, ela com 6 meses estava com 48Kg off e agora com 8 meses 54Kg off!!! É muita coisa. Quando ela voltou para se consultar aqui no Rio, com 6 meses de operada, o Dr. Paulo e toda equipe ficaram espantados com a diferença!!!!!

Enfim, voltando à minha consulta com o Dr. Arruda, falei do único alimento que sentia falta (Pastel de queijo). Ele disse que eu deveria deixar de provar o pastel, roubando um pedaço dos outros e que deveria esperar mais um tempo para eu poder comer 1 inteiro, que iria constatar que não havia necessidade para tal... Ok, vamos ver....

No final conversamos sobre a minha vida em geral, e acabei falando sobre a minha história de canto e o maior problema psicológico que já vivi. Ele queria saber como solucionei e chegamos juntos à conclusão de que me saíra super bem. A cirurgia me ajudou muito nesse processo, me afastando um pouco desses problemas e agora que estava voltando a cantar estava tudo muito tranqüilo, tão plácido, que nem tem sinal de que algum problema tenha acontecido! =)
O telefone tocou... Era Dra. Andréia me chamando... Fui rapidamente para a outra sala. Qual foi a primeira coisa que fiz? Ela me encaminhou para a balança. Fiquei de costas para não ver... E a surpresa:

13Kg OFF!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Eu mal acreditei! Tinha realmente emagrecido. Faltavam apenas 2Kg para ter 2 dígitos novamente! Totalmente incrível... Como um passo de mágica, 39 dias de operada e 13 quilos a menos, realmente, de longe, foi, é e está sendo a melhor dieta que já fiz na vida!!! =) hehehe

A Dra. Andréia viu os meus exames e começou a falar que estavam muito alterados... Estava anêmica, com o ferro, ácido fólico e b12 baixos! =( Ela me passou uma overdose de medicamentos, mais o centrum... Enfim, nem tinha como fugir, agora entrava a minha parte a ser cumprida, fora a proteína a ser tomada com o leite, 2 vezes ao dia....
Também tinha o sache manipulado para a pele e o cabelo... Que deveria tomar depois dos 60 dias. Tudo bem, vou gastar uma grana... Mas eu sabia que isso iria acontecer, então, abafa o caso!!! =)

A boa notícia que a partir dali, daquele momento, minha dieta mudava para a sólida!!!!!! \o/ Mas que maravilha!!! Sabe o que entrava de diferente na dieta, além de poder comer arroz com caldinho de feijão? Cereal em barra, supino light, balinha de banana passa, biscoitinho de polvilho light e muitas outras coisas maravilhosas e diferentes que você pode encontrar em lojas de produtos naturais... Outra coisa boa foi que ela liberou a quantidade de água, para ser à vontade. Ameeeeeeeei!!!!! \o/

Saí do consultório vibrando muito!!! Feliz pelo meu peso e pela nova dieta... Só não saí mais feliz por causa da ausência do Dr. Paulo. =/

Lá na recepção a Conceição contou como ela recebeu a notícia e também todos os detalhes a mais que ela tinha sobre o nosso querido cirurgião...
Um milagre acontecera: A bala sumiu da nuca dele! Provavelmente a mesma tenha se alojado em algum tecido mole do pescoço!!! Graças a Deus.... O Senhor está providenciando o breve retorno do Dr. Paulo! =)
Lá em baixo do prédio encontrei com a Rosa e dei aquele abraço nela. Nossos anjos, que são as secretárias, a equipe e família precisam muito do nosso apoio nesse momento difícil... Mas é passageiro, tudo voltará na mais absoluta normalidade. TENHO FÉ! Amém.

Estou postando duas fotos. Uma tirada exatos 3 meses antes da cirurgia... E outra com 45 dias de operada. Tudo bem, é de rosto, mas acho que já dá para perceber um pouco a diferença dos 13Kg OFF.

domingo, 6 de setembro de 2009

A Volta ao Médico


Segunda-feira eu tinha motivo para estar motivada. Iria me consultar com a Dra. Andréia, nutricionista e com o Dr. Paulo. Saí de casa cedo para resolver alguns pagamentos de contas no banco e voltei para encontrar meus pais e seguir para o Consultório, em Copacabana.
Meu irmão chegou em casa e foi ele quem nos levou. Seguimos sem problemas no trajeto e ao chegar ficamos aguardando a minha vez. Como sempre acontece, encontrei companheiros de vida nova, que estavam lá para fazer a mesma coisa que eu: Receber uma nova fase de dieta pela Dra. Andréia e ter os cuidados do Dr.Paulo em relação às incisões que levaram o DERMABOND.
Assim aguardando, próxima à porta do Consultório, eis que entra o Dr.Paulo com todo o seu charme dando uma piscadela para mim. Ele é muito legal. Um galã, mas o mais incrível é todo o profissionalismo dele.... (Anexei a foto, a pedidos).
Fiquei bebendo água com um canudinho e logo fui chamada. Primeiro passo ao entrar na sala foi subir na balança. Sempre dá medo essa hora. Mas interessante: 7Kg OFF!!! Confesso que esperava ter emagrecido mais, pelas erradas comparações que fiz com amigos meus gastroplastizados. Mas havia passado pouco tempo: 11 dias! E eu estava na média.
Dra. Andréia explicou que alguns perdem muito peso no início e outros mais no final. No final de um ano? =O Já pensou que tormento? Quando você parte para um procedimento tão radical em sua vida, você quer o resultado mais rápido possível. Eu chegava a pensar que nem iria emagrecer mais. É bem desesperador...
Dra.Andréia começou a explicar essa nova fase da dieta e minha mãe prestou bastante atenção nos alimentos permitidos. Sim, de fato seria melhor mesmo poder comer purê de batatas e abóbora, assim como macarrão fidelinho e ovo mexido.... Mas ainda faltavam 4 dias para isso! Estava mais tranqüila com a dieta, porque a gente acaba acostumando, mas a falta de opções é bem chata...
Depois de toda instrução passada, fomos liberados e me recolhi num cantinho para almoçar. Levei os meus 150ml de sopa na garrafa térmica e degustei por alguns minutos. Fiquei nesse momento ouvindo a minha mãe reclamar das minhas peripécias gastronômicas de antes da cirurgia. Ela falava bem baixinho, mas eu estava ouvindo tudo! Ela revelou sobre o meu armário de coisas gostosas, me comparando à Dra. Lorca do Zorra Total. Sim, eu tinha um armário, e dentro dele não podia faltar: Fandangos, batata frita, biscoito recheado, wafer, torcida, goiabinha etc, mas era econômica. Não comia tudo de uma vez, só que ele não podia ficar vazio! Já passávamos de 3 meses da páscoa e ainda estava cheia de ovos e bombons por lá.
Aguardamos um pouco e Conceição chamou para a consulta com o Dr.Paulo. Ele sempre muito sorridente e brincalhão, com um astral maravilhoso, começou a perguntar como estava e como tinha passado os meus primeiros dias. Respondi que do estômago estava 100%, mas do braço.... E ele olhou, me perguntando se havia feito tudo que ele recomendara. Respondi que sim, mas não vi resultado algum... E reclamei.... E reclamei... Até que ele disse:
“Ei, vamos parar com isso! Está parecendo uma velha!... Mas fica tranqüila, vou lhe receitar um antibiótico e acabará logo esse drama”.
É claro que minha mãe deu bravos para isso. Enquanto eu ficava envergonhada...
Perguntei quando poderia voltar a cantar e ele disse que era melhor depois dos 30 dias, já que o meu canto é o Lírico e não me liberou para a gravação de um cd que aconteceria nos próximos dias. Perguntei quando iria poder voltar a ser ativa sexualmente e ele disse que já poderia!
Minha mãe complementou:
“Só não pode engravidar!”...
E ele reforçou:
“Se ela engravidar eu meto-lhe a porrada!”, rindo em seguida, mostrando a mão espalmada...
Depois fui para a maca do consultório, onde ele iria conferir as minhas incisões...
Enquanto olhava disse que apenas uma não tinha fechado direito e começou a tirar toda a casquinha que tinha com uma pinça. Enquanto futucava o local, para não sentir nada, perguntei como estava a possante dele (a moto).
“Ela está ótima. Linda. Amo demais minha moto”.
Ela era bonita mesmo. E cara. E chamativa.
Meu pai mandou um recado pro senhor.... Falou que quando te ver, vai te dar uns conselhos... Q você salva a vida de tantos e fica arriscando a sua com isso!...
Ele riu... E mostrou a cratera que fez na incisão.
Disse:
“Olha. Mas não vai desmaiar não.”...
Muito grande o buraco.... Das nove camadas de pele, acho que sete estavam abertas!
Voltamos para a mesa de atendimento e ele começou as receitas. Passou um creme para colocar no buraquinho todos os dias depois de tomar banho, lavar e secar o locar. E o antibiótico para a flebite do braço, que ele demorou muito tempo pra lembrar o nome.
Ficou falando consigo mesmo:
“Saí pra lá, Alemão!”. Se referindo ao mal de Alzheimer! rsrsrs
Esse Dr.é muito engraçado!
Perguntou o dia da minha cirurgia e fez vários pedidos de exame para exatos 1 mês após. Que ao realizá-los deveria voltar nele e na Dra. Andréia, que mudaria a dieta, mais uma vez. Disse para ligar qualquer eventualidade e se despediu carinhosamente.
Ao sair do consultório, uma surpresa:
Encontrei uma amiga com 1 ano de operada!!!! Q nunca tinha visto pessoalmente! 55 Kgs!!! Muito maaaaaaaagraaaaaaa!!! Estava já no processo das plásticas, mas estava ali porque o Dr.Paulo iria tirar a vesícula dela antes desses procedimentos estético/reparadores.
Foi muito bom vê-la! E ver um espelho! Já pensou? Daqui há um ano assim? Eu só conseguia ficar feliz e esperançosa. Marcamos de que assim que estivesse com uma vida normal na alimentação, que iríamos sair com os nossos respectivos namorados.
Despedi-me dela e fui embora com a minha mãe e irmão.
Na volta passamos na farmácia e o antibiótico custava R$120!!! É claro que comprei o genérico por menos da metade do valor. Comprei o creme também para fazer tudo o que o Dr. Paulo instruiu.
Estava animada e motivada. Era agora seguir em frente com Fé e Paciência. Fazendo a minha parte não tem como não dar certo! \o/

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Dieta Líquida e uma Surpresa desagradável

Hoje é dia 06 de agosto de 2009. São exatos 15 dias da cirurgia. Estou bem e aliviada. Hoje passei da dieta líquida para pastosa. Não é um drama que estou fazendo não. Essa fase é muito difícil. Difícil porque você não mastiga mais. Difícil porque um dia você tem uma vida normal, comendo de tudo o que você quer e no outro não pode. Você só pode ingerir 50ml. Sabe o que são 50ml? Aquele copinho descartável de café!!! Tudo bem, a gente não sente fome... Mas vai perguntar para o gordo o que é fome! Você pensa que o gordo sente isso? Que sabe distinguir dentro do seu estômago dilatado o que é falta de comida? Enfim... Fica pra vocês a reflexão.

Meu primeiro dia da dieta líquida foi muito chato. Chato porque tinha que me hidratar de 30 em 30 minutos e isso implicava em ficar no ar. Isso era péssimo porque eu tava cansada e sonolenta... Nesse dia eu tomei intercaladamente 50ml de água, água de côco, suco de pêra e o caldinho de legumes com frango. Eu não senti fome alguma, mas tomei os líquidos na hora certa. A melhor hora do dia foi quando chegou a hora de dormir. Arrumei uma posição de lado e ainda foi difícil dormir uma noite inteira. Acordei uma vez para urinar e várias outras para trocar de posição. Senti durante a noite que a veia que estava com o cateter estava mais dolorida.

O segundo dia foi tranqüilo, continuando a me hidratar como no dia anterior, somente acrescentando o suco de laranja lima com cenoura. Meus pais fizeram uma big compra no horti-frutti para mim e ficamos abastecidos de todas as coisas que necessitava nesses primeiros dias. No final do dia estava irritada com a rotina de ter que beber e beber o tempo todo, mas uma coisa estava notando: Estava emagrecendo. \o/ A noite de sono foi melhor. Acordei novamente uma única vez e menos vezes para trocar de posição. Notei que não só a mão estava dolorida, e sim o antebraço!

Quando acordei a dor já estava incomodando e quando eu movimentava o braço doía ainda mais. =S Mas deixei passar.... O Dr. Paulo me ligou para saber como eu estava e disse que estava tudo sob controle. O terceiro dia foi estranho... Comecei a ver meus pais e meu sobrinho comendo normalmente e fiquei mais chateada ainda. Não que estivesse com fome, mas por estar presa à uma dieta líquida que me limitava as opções alimentícias. Vendo televisão ouvi alguém comentar sobre pastel e eu comecei a imaginar um pastel de queijo fresquinho com aquele queijo super derretido e ainda saindo aquele pouquinho de gordura!... Comecei a delirar com esse desejo! Fiquei preocupada com esse meus pensamento, mas também deixei passar. A melhor hora do dia foram as visitas que recebi no final da tarde. Meus amigos e uma pessoa especial que trouxe um lindo arranjo de flores. É muito bom sentir-se querida, ainda mais por quem amamos! A noite foi boa. Acordei menos.

No quarto dia acordei assustada! Sonhei que tinha passado a noite comendo batatas fritas e pensei assim que abri os olhos se eu realmente havia feito isso. Mais uma vez lembrei o que o psicólogo disse sobre o risco de morte se não cumprisse com a dieta. Meus tios vieram me visitar de surpresa e foi muito agradável! Ainda pela manhã saí para comprar leite desnatado e Nutren Active, porque no quinto dia mudaria a dieta Fiquei muito preocupada com os meus impulsos. E o pior: O braço estava doendo demais. O braço inteiro!!! Não dava mais para ignorar o que estava acontecendo. Não conseguia esticar o mesmo! Não pensei duas vezes: Liguei para o Dr. Paulo. Ele disse que estava com flebite. Me passou voltaren supositório e reparil gel para colocar com compressa de água quente. Fiquei chateada e achando que o problema tinha haver com a TVP de alguns anos atrás, ou seja, pela minha grande tendência a ter problemas venosos. Ele pediu para ligar em dois dias para dizer como estava.

Por incrível que pareça, acordei ainda pior do braço! Mas achei que era porque não tinha feito o efeito do remédio. Acordei lembrando que sonhara com pizza e cheeseburguer com fritas!!! Em muita quantidade!!! =S
A grande novidade do dia foi o leite desnatado para fazer mingau e também para vitaminas com fruta. E uma surpresa: Minha menstruação desceu! Não entendi nada porque estava tomando contraceptivo. No entanto já haviam me falado que a anestesia geral com uma grande cirurgia alterava todo o corpo e isso facilmente poderia acontecer.... Mas o pior de tudo foi que meu pai teve crise nervosa e deixou todos de casa desestabilizados. Eu que já estava sensível chorei horrores. Queria fugir, mas ir pra onde? Tinha que ficar em casa e me recuperando gradativamente. Nesse dia também eu fui até uma agência bancária um pouco distante da minha casa. Fui à pé e passei em várias lojas. Precisei comprar remédio e ração especial para a minha gata que não estava bem. Quando cheguei em casa, passei o resto do dia deitada vendo séries em dvd, tamanho o cansaço que me abateu.

Continuei me medicando, ainda sem ver melhoras. Liguei para o Dr. Ele disse que a minha flebite provavelmente demoraria um mês para ir embora. =O Ainda confirmou que a minha menstruação ter vindo era completamente normal. Fiz uma besteira nesse dia: Coloquei canela no mingau e senti um incômodo no estômago. Mandei email para a Dra. Andréia e ela disse que só pode canela com 4 meses!!! =O Fiquei preocupada e resolvi seguir apenas o que estava escrito lá na dieta. Resolvi não tomar vitamina na hora da colação porque não estava descendo bem. Troquei pelo iogurte. Nisso já estava tomando três iogurtes por dia! =O

Os outros dias seguiram sem muitas alterações, salvo que a partir do décimo dia a sopa podia ser passada na peneira e podia colocar um caldinho de feijão misturado na sopa. Senti em alguns dias que tomar a sopa (momento mais agradável do dia, nas refeições) abria meu apetite e sentia um pouquinho de fome, quase nada (pelo menos eu acho).
O meu estômago fazia barulhos incríveis. Às vezes dava a impressão de que estava falando, que arrotava... Muito louco isso... Os líquidos percorriam o meu corpo e eu sentia tudo. Soltava muitos gases, mas ainda bem que não tinha cheiro algum! rsrs Estranho demais. Pior quando eu tomava os líquidos mais rapidamente. Meu estômago borbulhava. Muito estranho, mas como já havia lido alguns relatos de operados, sabia que era normal. Fui ao banheiro fazer número dois logo no terceiro dia, e depois acabei indo quase todos os dias. Tudo na normalidade!

No décimo terceiro dia tive crise nervosa. Cochilei antes da hora de fazer a ultima refeição que seria o iogurte com nutren e acordei com uma dor incrível no pulso! Estava extremamente irritada com a dor latejante. Lembrei que tinha que tomar a última refeição porque era com o nutren e minha consciência pesou. Como tinha q tomar o analgésico em gotas fui até a cozinha preparar um pouco de leite com a vitamina. Estava tão chateada e sem vontade pra nada que coloquei as duas xícaras em cima da mesa. Comecei a colocar adoçante no leite e nem reparei, fui colocando 40 gotas na água para o meu analgésico. Quando fui tomar percebi que havia colocado adoçante e não o remédio. Isso me irritou profundamente. Tentei ser durona e não tomar mais nada, nem leite e nem remédio, mas a dor aumentou de tal maneira que escovei os dentes e tomei o mesmo. Em alguns minutos adormeci e dormi a noite inteira, só acordando pela manhã. A fome (mais a necessidade de mastigar) e a dor alteram muito o nosso humor. Nesse caso a dor quase me enloqueceu!

A seguir: A volta ao médico.

sábado, 1 de agosto de 2009

A Volta para Casa

Logo pela manhã veio a Patrícia e ela indagou:
“Está cansada?”
Disse: “Não dormi a noite inteira por causa dos litros de soro que tomei”.
“E as dores?”.
“Aliviaram, mas só passou umas 9 da noite...”, daí ela reclamou que estava desconfiada que os enfermeiros não deram a dosagem certa do medicamento para dor.
Comentei: “Até agora não vi como estão as incisões...”
Ela levantou o meu roupão e disse: “Por que não? Está tudo ótimo. Coladinho!”.
(Sim, eu usei uma cola chamada DERMABOND ao invés de ponto. Por um preço a mais você fica com uma marca bem mínima...)
Patrícia disse que o Dr.Paulo viria para me dar alta e eu não via a hora de isso acontecer!!!!

Passou um tempinho e veio um rapaz sorridente falar comigo: “Olá, tudo bem? Eu sou o Dr. Fernando, da equipe do Dr. Paulo. Noooooossa, você está ótima!”.
“Poxa, Dr, que nada... Tive uma noite péssima, levantei 12 vezes para fazer xixi”... =(
“Isso é meio que uma tática nossa para você não correr risco de ter embolia pulmonar”. Despediu-se dizendo que o Dr. Paulo iria lá me dar alta, mas que antes viria a enfermeira tirar o meu soro para que eu pudesse tomar um banho livre.

BANHO BANHO BANHO \o/

Veio minha primeira água de coco e demorou mais ou menos 1 hora para que a enfermeira viesse liberar o meu braço esquerdo. Reparei que minha mão estava inchada e que o esparadrapo apertado havia feito um calombo próximo ao meu pulso... Não estava gostando nada disso. Estava super dolorido. Mesmo depois que tiraram o soro e só ficou o cateter, estava muito dolorido, limitando a minha movimentação.

Peguei minhas coisas e fui tomar o meu banho. Estava com a perna direita com um resto de adesivo azul, que subia do meu calcanhar até a minha panturrilha. Esfreguei com um pouco de gaze e sabão, mas foi difícil de sair. Estava também com um adesivo na minha virilha direita, mas como não sabia o que significava, não tirei. Tomei banho e enquanto estava na ducha fria, percebi pela fresta da porta de correr do banheiro da enfermaria que o Dr. Paulo havia entrado no quarto. Como percebeu que estava no banho foi embora.

Saí do banho e chegou um suco de pêra. Tomei e fiquei arrumando as minhas coisas. Minha mãe chegou. Ficamos conversando com a Aída até que decidi colocar minha sandália e dar uma volta no corredor. Quando passei pela cabine de enfermagem, veio uma enfermeira me perguntar quanto de corticóide que eu tomava.... Não entendi nada. Apenas respondi que ela devia estar me confundindo. Que eu não tomava nenhum medicamento!... Daí ela falou:
“Você não é a Andressa?”.
“Não...”.
“Então vem cá conhecer a sua irmã. Ela também está de vestido preto”.
E me levou ao quarto 104. Lá estava a Andressa deitada. Logo nos conhecemos e começamos a comparar as nossas cirurgias, o que sentimos e rimos um pouco, porque por pouco não estávamos como mesmo vestido! Isso é que dá estar acima do peso e ter que comprar o que nos serve e não o que queremos. Mas graças a Deus isso mudaria em breve. Perguntei à ela se o Dr. já havia passado lá e ela disse que sim, mas que estava tomando banho! Poxa... Quanta coincidência!

Voltei para o meu quarto e ficamos eu, minha mãe e Aída conversando e assistindo Tv. Fiquei ansiosa esperando, até que resolvi dar mais uma volta no corredor. Vi o quarto de Andressa aberto e entrei. Perguntei se o Dr. Já tinha passado lá. Ela disse que sim, que tinha ido pegar a receita. Mal respondeu isso veio o Dr. por trás de mim e disse:
“Que que a senhorita está fazendo aqui?”.
“Ué... O senhor não disse que eu tinha que andar?...”.
E começou a explicar a medicação dos primeiros dias. Despediu-se dela, fazendo algumas piadinhas com a sua mãe e disse que estava indo no meu quarto. Voltei animada pra lá avisando a minha mãe que ele já viria. E de fato não demorou para chegar trazendo a minha receita. Disse para tomar 1 Pantozol 20ml por dia pela manhã, novalgina se tivesse dores e luftal se tivesse gases. Disse para tomar cuidado com a dieta e voltar em 10 dias no consultório para poder me ver e para eu passar na nutricionista. Para qualquer coisa ligar pra ele e me deu os telefones. Perguntei se podia tirar o adesivo da virilha e ele disse que sim e também alertou para não esfregar em cima das incisões na hora do banho, senão sairia a cola.... Pediu para aguardar o papel da alta e a enfermeira que viria tirar o cateter da minha veia.

Aguardamos e fomos embora. Na recepção tive que pagar uma conta do centro cirúrgico que não havia sido informada: R$16,00. Tudo bem que não foi muito cara...
E fomos para o estacionamento pegar o carro. Não estava acreditando que ia pra casa tão rápido! Que feliz!!! =) Muito bom o hospital e o atendimento. O cuidado dos enfermeiros, tudo!
Dentro do carro meu pai disse que estava conversando com um dos seguranças que fica no estacionamento e perguntou qual era o carro do Dr. Paulo Athayde.
“Não é carro. É essa possante aqui”.
Vocês não podem imaginar o tamanho da moto! Enorme! Super esportiva! Q legal.....

Saímos do Rio Comprido e chegamos tranquilamente na Ilha. Paramos na farmácia para comprar o Pantozol e os outros medicamentos. Atravessei a rua e fui ao Horti-Fruti. Estava a maior fila e eu tinha duas garrafas de água de coco pra comprar. Falei para a atendente do caixa que estava operada e ela me atendeu rapidamente. Atravessei de novo e fui para casa.
Vi a minha tia e os meus primos na porta do prédio. Todos assombrados com a minha boa aparência. Subi as escadas. Que sensação boa. Estava em casa. Muito bom voltar ao Lar!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A Cirurgia

No dia anterior à minha operação tinha que comer só coisas leves, porém queria almoçar bem. Fui ao shopping e almocei num restaurante de comida mineira. Ali me despedi da lingüiça fina, dos salgadinhos e da farofa por um tempo. Comi pouco, acho que 300g, mas fiquei bem satisfeita. Eu já não estava sentindo tanta fome ultimamente. Seria o fator psicológico atuando? Não sei, mas comia mesmo por vício.

Durante esse processo todo de autorização tive vários probleminhas. Tive diarréia por umas 2 vezes, ficando em casa “de molho” quase uma semana tomando floratil e fazendo dieta e vomitei muito por duas vezes, sempre que comia peixe ou camarão... A última dessas vezes foi no sábado antes da cirurgia! Fiquei muito preocupada, mas graças a Deus passou logo.

Voltando ao meu último dia, passando nas Lojas Americanas vi um chocolate em lançamento: Suflair Duo. Como estava com o meu ex-noivo, hoje muito meu amigo, ele disse que faria o sacrifício de ficar com o chocolate para ele se eu apenas provasse. Feito. Gente, que delícia! Comi duas carreiras de chocolate brincando e pude me satisfazer muito!!!!!

Apesar desta cena toda com isso, confesso não ser chocólatra, ainda bem. Para vocês terem uma idéia, ainda tenho chocolates da páscoa na geladeira! Eu mal comi o ovo que ganhei... Enfim, e melhor ainda porque vi um colega operado indo se consultar lá no doutor passando mal depois de dois dias de operado por ter visto alguém comendo um chocolate. =O Acho que não sou viciada por nenhuma comida, mas acho que por comer em geral, tanto salgado como doce. Comer é muito bom! Quem não gosta de comer e não sente prazer com isso que atire a primeira pedra! Hehe! =)

Trabalhei um pouco em casa mesmo e já estava chegando a hora de fazer a última refeição. Como almocei tarde, umas 16h, estava sem fome alguma, mas tinha que me alimentar. Optei por uma sopa de cebola da maggi que adoro com torradas e ainda tomei um bom copo de coca-cola. Depois disso ainda comi uma banana amassada com farinha láctea de sobremesa. Escovei os dentes e tomei muita água. Na verdade fiquei entupida de líquido. Isso é uma coisa que sei que não poderá mais acontecer. Acho que você come ou bebe, nunca mais os dois juntos. Enfim, agora era jejum absoluto. Nem água poderia mais beber. A próxima refeição que iria fazer seria com o estômago novo e já na dieta líquida.

Fui preparando as coisas para levar para o hospital e o dinheiro dos anestesistas e descobri que precisava trocar dinheiro para poder dar a conta certa. Teria que tomar alguma providência, mas já era tarde. Teria que ser a caminho do hospital.
Eu não consegui dormir direito à noite. Foi muito ruim. Dava um cochilo e acordava. Não conseguia ficar bem em nenhuma posição e a minha cabeça girava com a expectativa de como seria todo o processo no dia seguinte. Embora confiasse nos médicos, uma cirurgia é uma cirurgia e seria a primeira vez que levaria uma anestesia geral.

Amanheceu e logo tive que acordar. Caprichei no meu banho e peguei as coisas. Agora era seguir para a minha mudança. Fomos eu, minha mãe, meu pai e meu sobrinho. Pedi ao meu pai para passar na banca de jornal. Comprei uma palavra cruzada e troquei o dinheiro. Separei os dinheiros dos anestesistas em dois envelopes dentro do carro a caminho do hospital e quando cheguei lá fiquei aguardando a minha vez na recepção. Somente minha mãe poderia ficar comigo e até às 20h. Meu pai e meu sobrinho só poderiam voltar depois da cirurgia, no horário de visitas.

Entramos e nos instalamos na enfermaria 101B do Hospital AMPARO FEMININO, no Rio Comprido, onde tinha uma senhora operada com a sua filha, acompanhante, de nome Aída. Uma pessoa muito simpática. Ficamos conversando com ela até chegar o enfermeiro. Veio medir minha pressão q verificar minha temperatura. Ambas normais.

Um tempo depois veio a anestesista, Patrícia, que me fez várias perguntas e também me explicou muitas coisas. Disse para eu ficar calma e que eu poderia sentir um pouco de dor do lado esquerdo por causa do afastador do fígado e falou um monte de termos técnicos que eu não me lembro agora. Entreguei os envelopes e ela disse que depois traria os recibos. Eu sei que depois dessa conversa eu fiquei nervosa. Meu coração disparou e eu tentei ficar tranqüila. Peguei as palavras cruzadas e fiquei me distraindo enquanto minha mãe conversava com a Aída. Coloquei o roupão e fiquei aguardando. Logo chegou o enfermeiro. Fui no banheiro e subi na maca. Eram exatamente 11h30. Que sensação estranha ser conduzida para o centro cirúrgico bem, deitada na maca. Pensei: “Estou sendo levada para o abatedouro...”. No elevador cruzamos com uma menina obesa sentada na cadeira de rodas de hospital. Perguntei se ela tinha operado e se ela estava bem. Ela disse que não, que deu complicação na cirurgia dela. Poxa, fiquei preocupada depois dessa....

Chegamos no terceiro andar. O anestesista auxiliar da Patrícia quem me recebeu. Já veio me perguntando que tipo de estilo eu cantava.... Muito simpático ele! Daí quando entramos na sala de cirurgia estava cheio de gente e a Patrícia já estava lá. Ele, de nome Leônidas pediu p eu levantar a cabeça e colocou uns travesseirinhos. Depois começou a arrumar a maca, me botando na posição do Cristo Redentor, esticando os braços, em cima de alguns suportes ligados à maca. Logo a Patrícia, que já havia experimentado as minhas veias no quarto, estava tentando achar a melhor p pegar. Perguntei onde estava o Dr. Paulo estava e ele estava lá embaixo (provavelmente dando alta p alguém). Daí Patrícia disse que ele chegaria antes de eu apagar. Mas mal ela falou isso, Leônidas disse que ia me dar o remedinho do Michael Jackson (Será que ele me deu o propofol? =O) e começou a dizer p relaxar o pescoço, os ombros... Que sensação estranha... A minha musculatura foi relaxando todinha... Mas não fiquei vendo duplamente não... Eles ficaram conversando e olhei o rosto de cada um que estava no centro cirúrgico. O rádio estava ligado, tocando a música da Vanessa da Mata Boa Sorte. “É só isso, não tem mais jeito, acabou, boa sorte!”... Caraca! A ficha caiu. Confesso que entrei em desespero.... Acabou, não tem mais jeito, não tem mais volta... =S Enquanto o Leônidas colocava os eletrodos para monitoramento cardíaco, olhei para a Patrícia e disse:
“Tô com medo”...
Ela disse: “É normal, mas não fique”.
“Posso fugir?”...
“Claro que não!”.
“Posso chorar?”....
“Fica tranquila, vai dar tudo certo!”.
Mas acho que por dentro ela deve ter dito: “Querida, não vai dar tempo de você começar a chorar!”... rsrsrsrs
Muito Bom!!!!

Logo depois disso Leônidas colocou uma máscara respiratória em mim e instruiu: “Respira fundo aqui”. Fui inspirando aquele ar com cheiro de nada, mas não conseguia puxar muito forte. Na verdade eu senti uma aflição muito grande com aquilo. Cada vez que eu inspirava, mas sem ar ficava. Eu queria dizer, mas não conseguia articular. Eu queria avisar que estava morrendo e a coisa só piorava. Inspirei mais uma vez. Pronto. Morri.

..................................................................................

Num piscar de olhos ouvi uma voz:
“Fátima?”. E senti puxando a sonda de mim, mas não doeu. Senti meu estômago muito mexido. Nooooossa, mas ainda estava muito grogue. Com muita vontade de dormir e dormir... Cheguei no quarto às 15h30 e vi minha mãe e a Aída. Estava com o soro. Eu só queria dormir, mas a dor começou muito forte. Era como se alguém apertasse meus órgãos e depois soltasse... E isso acontecia constantemente! =( Fiquei muito chateada porque quando fui visitar minha amiga ela estava sem dor nenhuma, de banho tomado e isso era umas 18h, no dia da cirurgia. Fiquei torcendo para que passasse logo. Meu pai chegou com o meu sobrinho e não demorou para começarem a fazer piadas, mas eu queria dormir!

Aline veio me visitar e falou comigo que eu estava ótima! Eu queria vê-la melhor, mas não tinha como me levantar.... Estava muito grogue ainda! Muito bom saber que ela estava tão bem e 44kg off depois de 6 meses! Não demorou muito e ela me deu um beijo e se foi.
Fiquei de olhos fechados a maior parte do tempo, descansando, sentindo até um pouco de dificuldade de respirar, também pudera, eu estava com aquela máscara de O2 horrorosa!... Abri os olhos e vi, finalmente, o Dr.Paulo!!!!!!!! (que visão, né? rsrsrsrs)
Ele me olhou e disse: “Olá!”
“Dr.Paulo, até que enfim! Agora que te vi! Fica mandando só os seus subalternos falarem comigo... tsctsctsc”.
Me deu um sorriso e disse: “Está tudo bem com você? Está sentindo alguma dor?” Respondi: “Estou! Muito ruim!”.
“Fique tranqüila, o enfermeiro vem trazer um medicamento para acabar com a sua dor”. “Que horas que vão tirar essa máscara horrorosa de mim?”
“Agora!”, e ele mesmo tirou.
Que alíiiivio!!!!!!
“Doutor, tudo bem com a cirurgia?”.
“Sim, tudo ótimo, na normalidade”.
“Graças a Deus!”. “Doutor, eu posso tomar banho?”.
“Ah, não... Deixe para amanhã!.... Hoje você fica sujismunda!”. rsrsrsrsrs
Depois ele foi embora e mais tarde veio a Dra. Patrícia com Leônidas. Estavam todo arrumados e pareciam estar indo embora do hospital. Eles disseram que a cirurgia foi um sucesso!....

Enquanto estávamos ali, meu celular não parava de tocar. Todos os meus amigos me ligaram! Fiquei muito feliz com os telefonemas. Meu pai atendia e passava para mim e os meus amigos ficavam felizes de verem o quanto estava bem! =)
Mas eu ainda estava com muita dor!...... =( =( =( O enfermeiro veio e me deu o remedinho. Agora era esperar para passar.
Meus pais se arrumaram para ir embora. Minha mãe me ajudou a sair da cama pela primeira vez. Fiquei feliz que não fiquei tonta quando botei os pés no chão. Fui no banheiro urinar e depois ela me ajudou a voltar pra cama com aquele soro. Depois disso eles foram embora com o meu sobrinho e eu fiquei sozinha com o apoio da Aída que agora teria duas pacientes para olhar. rsrsrs

Mas foi tranqüilo. Quando precisei ir no banheiro ela me ajudou com o suporte do soro. Deitei e fiquei vendo televisão/ dormindo/ atendendo celular. A dor diminuiu um pouco, mas ainda estava forte. Resolvi fazer a minha primeira caminhada e pedi para Aída falar para a enfermeira. Ela veio e tirou o soro um pouquinho, mas lavou a veia.... Sei lá o que ela fez.... Eu fiquei com um enjôo horrível e quis vomitar! Aquela sensação de que estou vomitando, mas estranho que não saía nada!... Também ia voltar o que de um micro estômago em jejum até aquela hora?!?
Caminhei um pouco e não estava 100% fortalecida para isso, mas não tive maiores problemas. Dei duas voltas pelo corredor e depois voltei para o meu leito na enfermaria. Foi quase que instantâneo. Aquela dor toda que estava sentindo aliviou... =) Fiquei sentada um pouco no sofazinho de acompanhante e cochilei mais um pouco.

Às 21h veio a minha primeira refeição: 50ml de suco de pêra com adoçante. Tive receio de tomar. A impressão que se tem é que vai vazar, no entanto o ato de se alimentar é tão natural que fui em frente. Fui tomando bem devagarzinho, com micro golinhos e ia descendo naturalmente. Fiquei aliviada. Sinal que a cirurgia dera certo.

Voltei pra cama e fiquei vendo TV, até que trouxeram meu segundo copinho de café de água de coco geladinha! Tomei com muita cautela mais uma vez e fiquei observando a troca de soros.... Chegou também antibiótico, anti-inflamatório e mais analgésico para mim. Tava colocando muito líquido pra dentro e fiquei imaginando quantas vezes iria levantar para fazer xixi.... =S

Começou. Eu contei. Até as 7 da manhã foram quase 5 litros de soro e eu levantei sozinha (Aída dormiu) carregando o suporte do soro para fazer xixi, num intervalo gradativo de 20 minutos iniciais. Aí eu deitava e cochilava até estar com a bexiga cheia de novo. Pela manhã estava abatida de tanto que me exercitei...

Amanhã: O primeiro Dia

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Problemas Burocráticos

Depois de tamanha felicidade ao sair do clínico com um laudo de encaminhamento para a cirurgia e ter pago seções com a nutricionista e com o psicólogo, tive a notícia: O plano teve um problema administrativo e eu não poderia mais usá-lo. Eu estava no trabalho e saí de lá desolada. Não sabia o que pensar e nem que decisão tomar. Agora que estava tão perto acontecer uma coisa dessas?!! Fui pegar a condução para minha casa e fiquei quase meia hora chorando sem conseguir fazer sinal para os transportes que passavam. Tudo era uma grande injustiça. E o meu sonho? Eu tava sem chão. Sem motivação. Sem forças pra lutar...
No dia seguinte uma esperança: Todas as pessoas da empresa do meu plano de saúde seriam remanejadas para o mesmo plano só que em Nova Iguaçu. Sem problemas! Eu queria era o meu plano! Queria a possibilidade de mudar de vida! Iria realmente acontecer, mas teria que ter paciência e esperar pelo menos uma semana para o meu plano ter uma nova numeração.
Passado o susto marquei a consulta com a nutricionista e com o psicólogo. Primeiro foi com o Dr.Arruda, psicólogo da equipe. De cara, depois das devidas apresentações ele disse que a dieta inicial era muito séria e não segui-la, podia ocasionar o meu óbito. Um pouco chocante como ele disse, mas totalmente necessário. Conversamos como se pode trabalhar a “mente de gordo” de uma pessoa e me deu alguns truques. Destaque para estar presente na hora da refeição. Muito interessante! Eu comia muito sem sentir, pois sempre estava prestando atenção em outra coisa e sempre comia além do ideal para saciar a fome. Outra coisa que ele me alertou é para eu não perder o prazer de comer. Comer tem que ser um ato prazeroso, mas não precisa cometer excessos para isso. Gostei muito do nosso encontro e fizemos um trato ao final: Que minha cirurgia será uma história de sucesso! Saí bem animada de lá. Ele entendeu bem a minha cabeça e me ajudou bastante.
A próxima consulta foi com a nutricionista. Muito legal as suas explicações, porém confesso que fiquei um pouco assustada com as restrições alimentícias. Embora fosse mais tranqüila que as outras dietas, como por exemplo, fazer a dieta líquida por 15 dias e depois evoluir gradativamente, é uma dieta líquida e radical. Ouvi atentamente as suas explicações e fui falar com a secretária. Eu toda feliz perguntei se elas já iriam dar entrada na minha cirurgia, já que estava com os 3 laudos em mãos. Ela perguntou qual era a minha unimed. Disse que eu ainda teria que conseguir dois laudos para que não caísse em exigência. Um de um cardiologista e outro de um endocrinologista. =O
Fazer o quê? Reclamar? Lá fui eu correr atrás de marcar consultas com esses profissionais. Quando eu comecei a ligar para os endócrinos do meu guia médico quase pirei! Alguns só tinham datas para marcar três meses na frente! Fiquei muito angustiada, pois só tinha conseguido o cardiologista para uma semana. Até lá já teria a marca digital do meu plano de saúde. Teria que pensar o que fazer. No dia seguinte consegui marcar o endócrino para 1 semana e meia. Que alívio! Mas estava preocupada. Qual seria o endócrino que me encaminharia a uma cirurgia bariátrica ao invés de me indicar uma boa dieta? Enfim, só me restava esperar.
Conclusão: No cardiologista consegui o encaminhamento! Mas descobri que o meu problema cardíaco era pior do que o que saiu no laudo. Bom, operando isso seria solucionado. No endócrino, tinha que ver! O médico devia ter uns 90 anos! Mas ele foi ótimo comigo. No entanto me pesou de novo e.... 113kg! =O Eu ganhei 7 quilos em 9 meses de peregrinação com o plano de saúde, batendo cabeça aqui e ali.... =O Bom, pelo menos meu IMC tinha aumentado e isso me daria mais respaldo com o plano de saúde para operar.
Ao sair do consultório do endócrino, segui direto para o consultório do Dr. Paulo Athayde para levar os novos laudos, para não cair em exigência. Chegando lá as secretárias me deram o termo de responsabilidade da cirurgia para eu assinar. Li, e me deu calafrios. Realmente é necessário. Preciso estar ciente de tudo e assumir toda a responsabilidade para a minha mudança de vida. Esse dia eu fiquei realmente aliviada. Elas poderiam realmente dar entrada junto ao plano de saúde à minha cirurgia. Não demorou 2 dias e elas me ligaram de lá do consultório dizendo que eu deveria passar por uma perícia médica e que deveria ir pessoalmente à unimed Nova Iguaçu para isso. Não querendo ser pessimista a primeira coisa que pensei foi: “Poxa, estou tendo tantos problemas para conseguir realizar esse meu sonho... Vai ser muito difícil passar por essa junta médica sem eles perceberem que o meu plano tem menos de seis meses, apesar de não ter carência”.
Fui à Nova Iguaçu logo no dia seguinte e fiquei esperando um tempão chegar a hora do meu atendimento. Fiquei muito ansiosa para ouvir as conclusões médicas e pedi muito a Deus para que se fosse a vontade Dele conseguir a autorização. Passei por uma atendente primeiro de nome Patrícia, muito simpática e atenciosa. Ela fez as burocracias iniciais e pediu para que eu aguardasse ser chamada pelo médico. Depois dos cinco minutos mais longos da minha vida veio um senhor da terceira idade me chamar. Abri um sorrisão e tentei ser a pessoa mais simpática do mundo. Ele começou a fazer várias perguntas em sua sala e a preencher uma guia de autorização. Cada pergunta!!! Eu já sabia de todas, pois li de cabeça para baixo já que o papel estava em cima da mesa. Fiquei então arquitetando em minha mente as respostas. Na segunda pergunta o telefone dele tocou e, podem acreditar, foram 20 minutos conversando com o seu chefe. Eu quase morri de tanta tensão. Aquela sala decidiria o meu futuro! Mas tinha q me manter tranqüila e sorridente. Quando ele desligou, começou a falar da vida dele e eu conversei como se já o conhecesse há muito tempo. Pensei: “Tomara que essa conversa me ajude!”. Quando ele chegou e perguntou quanto tempo eu tinha de plano, disse: “4 meses”. Ele fez não com a cabeça e chamou uma das atendentes. Disse: “Cheque esse plano pra mim”. E me deixou sozinha na sala. Eu quase chorei. Comecei a lembrar de tudo eu passei até chegar ali e fiquei pensando que o sonho poderia acabar naquela tarde. Veio a atendente e deixou a guia na mesa. Quando ele voltou mandou chamá-la novamente e ela disse: “Ta tudo Ok!”. Sem pestanejar o médico carimbou e assinou a guia na minha frente.
No meu coração havia uma festa. Fogos e tudo o mais. Voltei para a atendente Patrícia e perguntei se estava tudo feito. Ela disse que não. Ainda ia passar pelo médico auditor. Só depois disso a Unimed geraria a tão esperada senha de autorização. Ela disse que me ligaria em 48 horas para dar a resposta do médico para que eu pudesse retornar lá e pegar a senha.
Não deu nem 24 horas e a Patrícia ligou. Lembro bem das suas palavras: “Estou te ligando para você ficar menos ansiosa. A sua cirurgia está autorizada”.
Eu dei um grito de felicidade, mas ao mesmo tempo deu um frio na minha barriga. Agora seria pra valer! Liguei para o consultório e as secretárias disseram que não era para me preocupar, que elas conseguiriam pegar a senha através do intercâmbio na unimed Rio. Falou para eu aguardar em casa que elas me ligariam com a data da cirurgia.
Questão de uma semana e meia depois elas me ligaram, numa quarta-feira, querendo marcar a cirurgia para a sexta-feira. O problema era que ainda não tinha o dinheiro da anestesista e nem sabia como consegui-lo e quinta-feira era feriado. Pedi para ser outra data e tive um problema. O Dr. Paulo iria para um congresso na Itália e eu teria que aguardar mais uma semana. O problema é que quando ele voltou não tinha vaga no hospital. O meu azar foi maior porque nesse tempo a minha senha já havia expirado e a secretária daria entrada novamente para revalidar a mesma. Só para vocês terem uma idéia, ela foi empurrada de um lado para o outro, enrolaram ela de todo o jeito para não revalidarem a minha senha. Chegaram a dizer que eu deveria dar entrada em todo o processo novamente. Poxa vida, já estava ficando muito desanimada. Não sabia mesmo quando seria e se seria... Já tinha feito todas as minhas despedidas alimentares e já estava quase entrando de férias no trabalho e na faculdade, tempo que seria perfeito para que a cirurgia acontecesse. Liguei para o consultório. Já haviam passado duas semanas que estávamos esperando uma resposta do plano. Peguei os telefones e decidi procurar a Patrícia e se não conseguisse resolver por telefone eu iria pessoalmente lá, mas antes de tudo, falei com Deus. Soube no meu coração que era para eu manter a calma. Tudo seria no tempo Dele, no melhor tempo para mim.
No dia seguinte, 14 de julho, decidi. Ligaria antes e se não conseguisse resolver por telefone eu mesma iria lá, em Nova Iguaçu. Liguei e aguardei, aguardei, aguardei.... Até que dei a sorte de cair uma atendente chamada Janielle. Contei toda a minha história para ela e ela observou que o fax que a secretária do meu médico havia mandado era o último da pilha. Também pudera! 2 semanas!! Ela disse que iria dar prioridade ao meu caso e que assim que conseguisse, me ligaria e mandaria a senha revalidada para o consultório, via fax. Depois de 40 minutos a ligação. Tudo resolvido! A senha já havia sido mandada para o consultório. Agradeci muito a ela e a Deus.
Liguei para o consultório e toda feliz confirmei que o meu fax havia chegado. De fato chegou, mas tive uma notícia muito triste. A secretária me disse que o hospital não tinha vaga. Que era provável só conseguir operar em Agosto, e que se acontecesse alguma desistência me encaixaria... Tristeza. Silêncio. Paciência. Está nas mãos de Deus, não está?
No dia seguinte, uma surpresa. Estava trabalhando e o meu pai me ligou. A Secretária ligou marcando a data da minha cirurgia: 22 de julho de 2009, uma quarta-feira. A quarta-feira da mudança da minha vida. Um recomeço, um renascimento. Depois de tanta burocracia e peregrinação estava feito, conseguiria alcançar meu objetivo.

Amanhã: A Cirurgia.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cirurgia Bariátrica - Passo a Passo

O objetivo deste blog é ajudar pessoas que desejam fazer Gastroplastia, ou a popular Redução de Estômago. Pessoas q como eu q estão cheias de dúvidas e desejam n serem mais oprimidas pela obesidade mórbida e todos os problemas que ela ocasiona. Quem sabe com os meus relatos subseqüentes possa ajudar pessoas a tomarem coragem p ingressarem nessa mudança de Vida.


Hoje é dia 28 de julho de 2009. São exatos 6 dias de operada. Fiz a Cirurgia BY PASS EM Y DE ROUX pela equipe do Dr. Paulo Athayde. Depois de grande pesquisa optei pelo cirurgião q me deu mais confiança. A cirurgia foi tranqüila. Tive alta no dia seguinte já sem dores.
Minha jornada n foi nada fácil. Eu sempre fui contra esse procedimento. Embora já tivesse conhecimento de muitos casos bem sucedidos, soube de muitos q morreram e outros q engordaram novamente. Há mais ou menos 6 anos atrás fui em uma reunião de outra equipe p saber mais sobre a cirurgia e saí de lá arrasada. Achei o processo todo absurdo. Era a cirurgia FOBI-CAPELLA, q consistia em grampos no estômago e tb em um anel. P mim era uma mutilação. Outra coisa q me fez sair de lá desiludida e envergonhada foi q as pessoas eram todas super-obesas-mórbidas, mais ou menos a cima de 150kg! Me senti magra perto delas. Estava c 100kg, na época.
Na ocasião, meu noivo me incentivou a tomar remédios de emagrecimento e jurou de pé junto q me apoiaria a esta loucura, se o tratamento n desse certo.
Feito. Emagreci 30kg. Fiquei Feliz. Sem Noivo e em depressão profunda. O mais incrível é q emagreci esses quilos sem fazer regime algum! Sim! Os remédios faziam td, e eu, em contrapartida, recebia todas as agressões físicas possíveis e imagináveis. Quando alcancei os 70 kilos e estava em depressão, meu organismo n aceitava mais os remédios. Tive q parar de tomá-los e ir tentando dar a volta p cima.
N precisa nem pensar mt p saber q eu recuperei todo o meu peso e ainda ganhei um pouco mais. Sim! No decorrer de 4 anos, comendo td q eu queria. Tentei durante esse período voltar para as “drogas”, ou “remédios de rato”, como dizia o meu pai, mas meu corpo os recusava.
Minha auto-estima foi pro poço. Tive algumas fases q nem queria mais cantar, e me apresentar. Coisa q n podia acontecer, afinal, sou uma pessoa pública e preciso mostrar meu talento. Mas era horrível ver o rosto de algumas pessoas tentando disfarçar o q estava claro. Suas faces diziam p mim: “Como vc pode engordar desse jeito! Cruzes! Q menina mais relaxada...”, outras nem se continham dizendo aquela clássica frase: “Nossa, vc tem um rosto tão bonito....”, outras tentavam ser amigas: “Querida, vc está mt acima do peso. Tente reverter isso, pela sua saúde!”.
O q essas pessoas n entendem é q ninguém é feliz p ser gordo. Isso n existe! Essas histórias de q alguns gordos são bem resolvidos é mentira! Tenho certeza q no fundo no fundo essas pessoas ficam entristecidas muitas vezes no seu íntimo, imaginando como seriam suas vidas se n tivessem esse grande problema!
Enfim, Já n agüentava mais. Precisava tentar de novo. Quem sabe passados esses 6 anos eu n encontrasse um outro método, já q a medicina avançara mais.
Tomei duas decisões necessárias: Ter um plano de saúde e fazer uma pesquisa detalhada sobre o assunto.
Consegui um plano de saúde empresa sem carência, justamente pela internet, fazendo pesquisa sobre pessoas q haviam feito a gastroplastia. Li muitos blogs como este. Li muitos casos, vi muitas fotos de antes e depois. Chorei lendo histórias de pessoas q n conseguiram, mas a maioria estava bem. Comecei a direcionar minha pesquisa para a minha cidade. Fui reparando na fisionomia das pessoas e notei q muitas ficavam magras e c cara de doente. N conseguia ver saúde ali. Peguei o guia médico e fui digitando os nomes dos inúmeros médicos no Google. Consegui reparar q o maior número de casos de sucesso era de um Dr. chamado Paulo Athayde. Entrei em seu site e encontrei várias pessoas q foram operadas p ele. As feições cheias de saúde, me fizeram realmente marcar uma consulta c o mesmo!
Confesso q até ir lá estava c muitas dúvidas, mas conversar c os pacientes, ver fotos antigas (de gente já operada há mt tempo) de antes e depois num catálogo imenso, começou a me incentivar.

/Engraçado foi ver a foto de antes e depois de uma amiga antiga q só falava atualmente pela internet. Qd cheguei em casa e encontrei c ela na rede perguntei como ela estava depois da bariátrica e ela me perguntou o q era aquilo! Conclusão: N era ela! Conversamos um pouco e o engraçado é q atualmente ela mora em Maringá, mas a sua família ainda mora p aqui. Ela vindo para o Rio encontrou c uma vizinha q havia operado c o Dr! Incrível! Ela se decidiu! Marcou a consulta, fez os exames e depois veio me comunicar q ia operar nos próximos dias. Detalhe: Hj ela tem 6 meses de operada e está c 44Kg off./

Dia 29 de agosto foi o dia da consulta e lá, aguardando a minha vez, conversei c uma paciente q estava ali p tirar os pontos e estava operada há 10 dias, com um rosto de q n passou p nenhuma cirurgia! Ela estava corada e bem! Feliz da vida! Menos 8kgs em 10 dias! =O Isso me chocou! Eu sabia q a pessoa emagrecia rápido, mas tão rápido assim? =O
Chegou a minha vez. O Dr., super simpático, sem contar no fato de q ele é lindo (n podia deixar de comentar isso aqui) me entendeu completamente. Me explicou todo o procedimento de forma bem clara e me pesou. Já fazia mt tempo q eu n me pesava... Arrisco dizer q mais de 1 ano! Estava pesando 106kgs, um peso q eu jamais tive... Fiquei um pouco triste, mas a confiança q o Dr. passou foi uma coisa absurda. Eu me decidi ali, naquela conversa c aquele profissional, q iria mudar de vida.
Ele me encaminhou p o clínico q pediria os exames e os analisaria, p depois passar pelo psicólogo e pela nutricionista.
Voltei super animada p casa, totalmente decidida, mas n pude nem ir no clínico.Perdi o meu plano de saúde. A empresa quebrou e eu fiquei na mão. Fiquei mt triste e uns meses afastada do meu agora sonho. Fiquei meses procurando outro plano sem carência e nada.... Mt triste. Continuei levando a minha vida, mas c alguma esperança.
Passaram-se alguns meses e a minha amiga cantora havia feito um plano de saúde. Renasceram as minhas esperanças. Fiz o plano imediatamente.
Fui no Dr. Gilson e ele me passou todos os exames. Tivemos tb um papo mt agradável. Conversamos sobre canto lírico e descobrimos várias afinidades. Saindo dali já comecei a providenciar a marcação de todos os exames.
Eu queria fazer todos os exames o quanto antes, mas a demanda p os mesmos era mt grande. A endoscopia, p exemplo, q morria de medo de fazer, demorou uns 15 dias p acontecer! Daí, depois dos resultados, vieram as descobertas desagradáveis.... Caramba, a coisa tava feia p mim... Gordura no fígado, colesterol altíssimo, vitamina b12 baixíssima, problema cardíaco iniciando... A boa notícia era q a trombose q eu tive há uns 8 anos atrás, em decorrência da obesidade estava estabilizada. As veias recanalizaram e nisso eu poderia ter menos risco na cirurgia.
No dia q fui no consultório levar os resultados p o Dr. Gilson já havia até tomado o PYLORY PACK, kit de remédios p matar bactéria do estômago, pois uma série de feriados iriam atrasar ainda mais o processo, uma vez q é preciso 21 dias p terminar o tratamento. Meus pais foram comigo nessa consulta, pois eu precisava do apoio deles. Saí de lá radiante! O Dr. havia me liberado p a cirurgia e ainda me deu um laudo p entregar p a anestesista. Saímos de lá e fomos na reunião de toda equipe q acontece uma vez p mês. Foi mt esclarecedor e os meus pais tb puderam perceber o quão sério é esse trabalho e q realmente estava decidida a partir p todo esse processo radical, porém necessário para mudar de vida e ser feliz!

A seguir minhas consultas c o psicólogo e nutricionista, além da minha saga com o plano de saúde.